22 setembro, 2008

A Vitamina que faz a diferença

Cada vez mais evidências indicam que índices cronicamente baixos de vitamina D aumentam a propensão para certas doenças. Exemplos de estudos com base nos níveis de vitamina D no soro sangüíneo da população ou na exposição ao raios ultravioleta incluem:

- Risco de 30% a 50% maior de desenvolver câncer de mama, próstata e cólon em concentrações de 25D inferiores a 20 ng/ml.

- Risco cinco vezes maior de desenvolver câncer de ovário entre mulheres que vivem em latitudes mais elevadas (por exemplo, Noruega e Islândia), que aquelas que moram em regiões equatoriais.

- 77% de redução na propensão de todos os tipos de câncer entre as mulheres do estado americano do Nebraska com mais de 55 anos, que tomaram 1.100 UI de D3 diariamente por um período de três anos, comparadas a um grupo de controle.

- Risco 62% menor de desenvolver esclerose múltipla, com concentrações sorológicas cima de 40 ng/ml, em comparação a níveis iguais ou inferiores a 25 ng/ml.

- Propensão 80% menor para a diabetes auto-imune (tipo 1) em crianças finlandesas que receberam 2.000 UI de D3 diariamente, durante o primeiro ano de vida.

Fonte: Luz E. Tavera-Mendoza e John H. White - Defesas Celulares e a vitamina do Sol (Scientific American Brasil)

15 setembro, 2008

Crianças e adolescentes são também afetados pelo transtorno bipolar

Investigações recentes têm melhorado a capacidade de diagnosticar o transtorno bipolar em crianças e adolescentes.

Apesar de na maioria dos casos os sintomas mais profundos surgirem apenas em torno dos 20 anos de idade, tem-se notado que o primeiro episódio de transtorno bipolar pode acontecer mais cedo, na infância ou na adolescência.

O diagnóstico nessa faixa etária é dificultado pela existência de outros sintomas, como a hiperatividade ou o próprio comportamento infantil ou do adolescente, frequentemente marcado por estados de humor depressivos ou eufóricos, que não significam obrigatoriamente um transtorno bipolar.

Para a Dr.ª Ana Isabel Bastos, Directora Clínica da ADEB, “o diagnóstico precoce desta perturbação, apesar de difícil, é muito importante não só para a própria criança ou adolescente que não entende o que se passa com ele, que não entende a razão da sua instabilidade, mas também para os pais que necessitam de uma resposta que explique o quadro clínico do seu filho”.

Entre os sintomas possíveis de mania, estão:

Grande mudança de humor – feliz, irritável, agitado ou agressivo;
Aumento exagerado de auto-estima;
Grande aumento de energia e capacidade de dormir pouco ou nada durante dias, mesmo sentindo-se cansado;
Falar mais – fala muito, rápido, muda de assunto muito rapidamente e não suporta ser interrompido;
Distração constante;
Comportamento de alto risco.

Entre os sintomas possíveis de depressão, estão:

Irritabilidade, estado de humor depressivo, tristeza persistente, choro frequente;
Pensamentos de morte ou suicídio;
Perda de alegria em actividades outrora favoritas;
Queixas frequentes de doença física como dores de cabeça ou dores de estômago;
Nível de energia baixo, fadiga, fraca concentração, queixas de aborrecimento;
Grandes mudanças nos hábitos alimentares ou nos padrões de sono.

Fonte: Saúde.sapo.pt

Socorro, meu filho não pára quieto!

Crianças com excesso de irritabilidade, falta de concentração e impulsividade podem se enquadrar entre os pequenos com hiperatividade.

Agitação, dificuldade de concentração, impulsividade e instabilidade emocional além do normal podem ser alguns dos indícios de que a criança seja hiperativa. Segundo pesquisas na área médica infantil, cerca de 3% a 6% das crianças no mundo têm hiperatividade, e entre cada dez, nove são meninos. Mas, muita calma, nem sempre a criança enérgica, "peralta" e "arteira" é portadora da síndrome.

A diferença entre uma criança normal e uma com diagnóstico de hiperatividade é quando certos comportamentos não provocam prejuízos na vida social e familiar do indivíduo. Se a criança não apresenta distração, impulsividade, agitação e agressividade constante, ela não se enquadra na classe dos hiperativos. "Entretanto, se os pais tiverem alguma dúvida, o melhor caminho é que um psiquiatra e uma equipe de outros profissionais, como fonoaudiólogo e psicólogo, certifiquem-se do problema", alerta a psicóloga infantil Maria Tereza Campos.

De acordo com coordenador da unidade de infância e adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Enio Roberto de Andrade, a hiperatividade está classificada dentro das doenças mentais causadas por um problema genético. A doença é um transtorno que ocorre com as crianças na fase do desenvolvimento e muitas vezes só é percebido pelos pais no momento em que os filhos começam a vida escolar, já que é nesta fase que os responsáveis percebem a dificuldade de concentração e inquietação excedente da criança.

Ivete Vitar percebeu o problema no filho Daniel muito cedo, com dois anos de idade. "Ele não conseguia se concentrar, não parava quieto um só instante", indica a mãe. Ao levar o filho ao pediatra, Ivete foi encaminhada a um psicopedagogo que realizou diversos trabalhos comportamentais não só com Daniel, mas também com os pais. Após um longo tempo com idas e vindas de médicos, Ivete se adaptou à rotina do filho e conseguiu lidar perfeitamente com as atitudes da criança. Daniel tem o apoio dos professores na escola, que o ajudam da melhor forma possível com os problemas de concentração e agitação. "Hoje, o Daniel consegue ter uma vida normal, com disciplinas, responsabilidades e amigos", acrescenta Ivete. Segundo a psicóloga especialista em terapias corporais e jogos corporativos, Célia Bottura, a paciência, compreensão e amor dos pais são fundamentais na evolução do quadro clínico. "É uma fase que deve ser compreendida por todos. A criança necessita muito da ajuda dos pais", garante a profissional.

A criança hiperativa tem uma enorme energia acumulada, que deve ser gasta ao longo do dia para que não haja a irritabilidade por estar parada, sem fazer nada. Ela consegue fazer tudo ao mesmo tempo: olhar o amigo que brinca, assistir televisão, escrever e ouvir música. Ou seja, tem pique de sobra! Por isso, os profissionais sugerem que elas gastem toda a energia com atividades como futebol, skate, brincadeiras em parques, um pouco de videogame (somente jogos educativos), basquete, trabalhos com argila, etc. A psicopedagoga e coordenadora do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento (CAD), Silvia Amaral, afirma que o transtorno acompanha o indivíduo ao longo da vida, mas que é controlado conforme o tratamento. "A hiperatividade é para toda a vida, alguns sintomas se transformam. Uma criança extremamente agitada deixa de ser quando adulto, mas adquire uma mente agitada, convivendo muito bem com isso", sinaliza.

Artur de Souza Gomes apresentou sintomas de hiperatividade logo quando entrou na escola, com quatro anos de idade. Após passar por acompanhamento psiquiátrico, terapias e homeopatia, o menino, agora com nove anos, não tem mais o comportamento agressivo dentro de casa e consegue acompanhar a turma na escola.

Os tratamentos da hiperatividade podem ser feitos à base de medicamentos (metilfenidato e ritalina), sessões de terapia e até mesmo com a medicina alternativa: a homeopatia. O importante é os pais perceberem os sintomas e encaminhar o filho o quanto antes para o acompanhamento de um bom profissional.

Como reconhecer se o seu filho é hiperativo:

Se ele freqüentemente agita as mãos, os pés ou se remexe na cadeira
Se ele abandona freqüentemente a cadeira na sala de aula ou em outras situações, nas quais espera-se que ele permaneça sentado.
Se ele tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividade de lazer.
Se ele fala constantemente em demasia.

Características:

Baixa-tolerância.
Acessos de Raiva.
Comportamento "mandão".
Teimosia.
Insistência excessiva.
Instabilidade de humor.

Fonte: Guia da Semana - CAD - Andréia Meneguete