12 março, 2010

Chá de folhas de papaia tem efeitos anti-cancerígenos

Um artigo publicado na edição de Fevereiro do Journal of Ethnopharmacology revela que o chá de folha de papaia contém propriedades com grande capacidade para combater vários tipos de cancro, sem qualquer tipo de efeitos secundários, como ocorre noutras terapias. Depois de realizarem vários testes em laboratório com uma ampla variedade de tumores, o investigador Nam Dang, da Universidade da Flórida e um grupo de cientistas japoneses documentaram os efeitos anti-cancerígenos da papaia sobre o cancro do útero, da mama, do fígado, do pulmão e do pâncreas.

Os investigadores utilizaram dez tipos diferentes de células cancerígenas e expuseram-nas a quatro graus de concentração do chá da folha de papaia durante 24 horas. Depois de medirem os efeitos do chá, verificaram que o crescimento dos tumores diminuiu e que os efeitos anti-cancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam doses maiores de chá.

Esta foi a primeira vez que um estudo comprovou que o extracto da folha da papaia também estimula a produção de moléculas do tipo citoquina Th1, que regulam o sistema imunitário. Além disso, o extracto de papaia não possui nenhum efeito tóxico nas células normais, evitando-se assim as consequências devastadoras de outras terapias anti-cancerígenas.

Fonte: Ciência Hoje

08 março, 2010

Cientistas descobrem que vitamina D é crucial contra as infecções

Uma equipa de cientistas da Universidade de Copenhague descobriu que a vitamina D é decisiva para activar as defesas do nosso sistema imunitário contra as infecções. Cientistas da Universidade de Copenhaga descobriram que a vitamina D é crucial para activar as defesas do nosso sistema imunitário e sem a ingestão suficiente desta vitamina, as células T deste sistema perdem a capacidade de reagir e de lutar contra as infecções do nosso corpo.

A descoberta feita pelo Departamento de Saúde, Imunologia e Microbiologia daquela universidade pode ser importante para a pesquisa de novas vacinas e no combate contra as doenças infecciosas, as epidemias e as pandemias.

A maior parte da vitamina D é produzida naturalmente pelo nosso corpo em resultado da exposição da pele à luz do Sol. Mas também pode ser encontrada em alimentos como o peixe e os ovos.

Segundo a agência Reuters, quase metade da população mundial tem carência de vitamina D e os cientistas prevêem que o problema se venha a agravar porque as pessoas passam cada vez mais tempo em ambientes artificiais, privados da luz solar.

Células T: entrar em acção

Carsten Geisler, um dos investigadores da equipa envolvida na descoberta, explica num comunicado da Universidade de Copenhaga que "quando uma célula T é exposta a um agente patogénico estranho, tem uma reacção bioquímica imediata e um receptor que existe à superfície da célula (uma espécie de antena) começa a procurar vitamina D. Se não encontra vitamina D suficiente no sangue, não entra em acção".

As células T baseiam-se, assim, na vitamina D para actuarem contra as infecções, permanecendo adormecidas se há falta dessa vitamina no sangue.

O agente patogénico é um microrganismo capaz de produzir doenças infecciosas no nosso corpo.

A descoberta dos cientistas dinamarqueses pode ser também importante para os cientistas lidarem melhor com os fenómenos de rejeição associados aos transplantes de órgãos.

"Os cientistas já sabem há muito tempo que a vitamina D é importante para a absorção de cálcio e em doenças como o cancro e a esclerose múltipla, mas não imaginávamos que a vitamina D fosse tão crucial para activar o sistema imunitário", salienta Carsten Geisler.

Fonte: Expresso