10 maio, 2011

Zonulin, uma proteína ligada à doença celíaca

Cientistas da Universidade de Maryland descobriram que pessoas com doença celíaca, uma desordem auto-imune, têm níveis mais elevados de uma proteína conhecida como Zonulin. Esta descoberta pode aprofundar o conhecimento sobre as causas de outras doenças autoimunes, incluindo diabetes, esclerose múltipla e artrite reumatóide. As pessoas com doença celíaca que ingerem glúten, encontrado em trigo, aveia, cevada e centeio, sofrem uma reação auto-imune que cria anticorpos que acabam atacando seus intestinos e outras partes do corpo. Isso faz com que surjam sintomas como diarréia, dor abdominal e outros problemas que podem se estender por muitos e muitos anos. Agora, com a descoberta de Zonulin, os pesquisadores da Universidade de Maryland acreditam ter encontrado a causa dessas reações.

Zonulin é uma proteína humana que age como um condutor de tráfego para os tecidos, abrindo espaços entre as células e permitindo que certas proteínas atravessem essas barreiras. Pessoas com doença celíaca têm níveis mais elevados de zonulin, o que, aparentemente, permite deixar o glúten passar através das células do intestino. Isso desencadeia uma resposta auto-imune em seus corpos, com os resultados conhecidos. Até agora, os investigadores não podiam compreender como uma proteína tão grande como a do glúten poderia passar pelo sistema imunológico. Segundo o autor do estudo, Alessio Fasano, MD, as pessoas com doença celíaca têm um aumento do nível de zonulin, o que permite abrir espaço entre as células. Em essência, os portões, sempre cuidadosamente fechados, ficam permanentemente abertos, permitindo que o glúten e outros alérgenos possam passar. Mais: acredito que zonulin desempenha um papel crítico na modulação do nosso sistema imunitário. Por alguma razão que não conhecemos, os níveis de zonulin aumentam, precipitando o início de doenças auto-imunes. Agora, finalmente estas descoberta poderão ajudar os médicos a entender melhor as causas dessas graves desordens auto-imunes.

Fonte: Celiac.com

07 maio, 2011

Falta de vitamina D associada à progressão de um tipo de leucemia

Investigadores da Clínica Mayo, nos EUA, descobriram uma associação entre os níveis de vitamina D no sangue e a progressão da leucemia linfocítica crónica (LLC), bem como o risco de morte em doentes que desenvolveram este tipo de câncer.

Doentes com níveis mais reduzidos de vitamina D no sangue, no momento do diagnóstico da doença, sofreram uma progressão mais rápida do câncer e apresentaram duas vezes maior risco de morte, em comparação com os que tinham níveis adequados da vitamina.

O artigo, publicado na edição online da revista Blood, refere ainda que a pesquisa concluiu que o aumento dos níveis de vitamina D potenciliza uma elevação da taxa de sobrevida, enquanto a redução dos mesmos estava associada a intervalos mais curtos entre o diagnóstico e a progressão do câncer, relação que se manteve mesmo após o controlo de outros fatores relacionados com o desenvolvimento da leucemia.

Um hematologista da Clínica Mayo sublinha a importância destes resultados, sobretudo no que toca à leucemia linfocítica crónica, porque, embora este tipo de câncer seja geralmente identificado em estágios iniciais, a abordagem padrão espera que os sintomas se pronunciem antes de avançar para um tratamento de quimioterapia.

Deste modo, a descoberta de que os níveis de vitamina D podem ser um factor de risco na progressão da leucemia permite uma nova abordagem sobre a doença. O próximo passo será determinar se a reposição de vitamina D nestes doentes pode reverter a progressão da leucemia, algo que o estudo em questão não avaliou.

03 maio, 2011

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