Perigo, incenso!
A notícia é de alarmar quem nunca dispensa os aromatizadores de origem oriental
Cientistas capitaneados pelo Statens Serum Institut, na Dinamarca, acabam de desvendar um elo entre o uso constante de incenso e o risco de tumores na garganta, na boca e nas fossas nasais. Eles avaliaram mais de 60 mil habitantes de Cingapura que não apresentavam sinais da doença entre 1993 e 1998 e os reexaminaram em 2005.
Daí veio a conclusão: tiveram mais tumores os indivíduos que se expunham freqüentemente à fumaça perfumada. “O incenso exala compostos cancerígenos, como o benzeno”, afi rma o pneumologista Lúcio dos Santos, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. O produto, no entanto, não foi associado a problemas no pulmão. “É provável que, como a fumaça se espalha no ambiente, uma menor quantidade chegue até esse órgão”, diz o especialista.
De olho na fumaça
Preocupada com o aumento das vendas de incenso no Brasil, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Pró-Teste, levou no início do ano cinco marcas do produto — todas indianas — ao laboratório para investigar possíveis riscos. “Os testes mostraram que elas contêm substâncias prejudiciais à saúde”, conta Maria Inês Dolci, coordenadora do instituto. “O problema é que ainda não há uma legislação específica para o assunto nem uma fiscalização por parte de órgãos públicos”, afirma. Para se ver livre do perigo, não use incensos com freqüência, nunca os acenda em locais fechados e evite os que lançam fumaça demais.
Fonte: Por Diogo Sponchiato - Revista Saúde! - 10/2008