26 novembro, 2006

Vitamina D pode ser nova arma contra os cânceres de mama


Pesquisadores britânicos verificaram que a substância some do organismo de mulheres com a doença em estágio avançado.


A vitamina D pode interromper a progressão do câncer de mama, sugere um estudo inglês.

Cientistas do Imperial College de Londres coletaram amostras sangüíneas de 279 mulheres com câncer de mama invasivo para detectar os níveis de vitamina D, cálcio e hormônio paratireóide (PTH), esse último responsável por impulsionar as concentrações de cálcio no sangue.

Entre as 75 mulheres com câncer de mama em estágio avançado, os níveis de vitamina D foram surpreendentemente baixos, mais os índices de PTH eram significativamente altos quando comparados com as 204 mulheres com câncer em estágio inicial. Não houve diferença nos níveis de cálcio entre os dois grupos.

O artigo reconhece que o número de mulheres acompanhadas é relativamente pequeno e admite que não está claro se os níveis baixos de vitamina D foram uma causa ou uma conseqüência do câncer em estágio avançado.

Os autores teorizam que a vitamina D pode bloquear a progressão do câncer de mama em sua fase inicial. Eles apontam para pesquisas laboratoriais anteriores, segundo as quais a vitamina D interrompe a divisão das células cancerosas e encoraja as defeituosas a cometerem suicídio,
Além disso, as pesquisas sugerem uma ligação entre as taxas de câncer de mama e baixa exposição à luz do Sol.

A vitamina D é produzida naturalmente pela exposição da pele à radiação solar e também está presente em peixes de carne gordurosa.

O estudo será publicado na edição on-line do "Journal of Clinical Pathology", uma publicação da Associação Médica Britânica (BMA).

Fonte: Globo.com

Cientistas descobrem gene ligado à inflamação do sistema digestivo


Cientistas americanos e canadenses descobriram um gene chave relacionado com a doença de Crohn, uma inflamação abdominal séria que afeta mais de um milhão de americanos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.

A descoberta explica um mecanismo inflamatório maior que muda a compreensão das doenças ligadas a variações genéticas, informou a doutora Judy Cho, professora de medicina genética da Universidade de Yale (Connecticut, leste), e co-autora desta pesquisa, que será publicada na edição desta sexta-feira da revista "Science".

Embora quase todas as variações deste gene estejam fortemente associadas com a doença de Crohn, uma delas parece gerar uma proteção importante contra a mesma afecção, garantiu Cho. Este avanço permite desenvolver novos medicamentos para controlar melhor a doença de Crohn ou retocolite hemorrágica.

"Esta doença afeta profundamente a qualidade de vida diária das pessoas que dela sofrem", disse o doutor Richard Duerr, professor de medicina da Universidade de Pittsburgh (Pensilvânia, leste). "Além disso, a doença de Crohn afeta com freqüência vários membros da mesma família em certas comunidades, sobretudo as de judeus de origem européia, o que levou a crer durante muito tempo que se tratava de uma disfunção genética", acrescentou.

"Esta importante descoberta (...) também põe em evidência o potencial oferecido pelo projeto do genoma humano para compreender as causas de doenças complexas e desenvolver tratamentos mais eficazes", destacou em comunicado o doutor Stephen James, diretor do departamento de doenças do sistema digestivo e nutrição do americano Instituto Nacional da Saúde (NIH, na sigla em inglês), que financiou o estudo.

A doença de Crohn pode afetar todo o tubo digestivo, especialmente o íleo, o colo e a região anal. Pode ser acompanhada de manifestações extra-intestinais (articulares, cutâneas e oculares) e às vezes até de localizações extra-digestivas.

As principais manifestações clínicas são dores abdominais e diarréias, que podem durar semanas, até meses, com complicações graves como oclusões e perfurações intestinais que requerem uma intervenção cirúrgica.

Fonte: Globo.com

22 novembro, 2006

Aspirina pode frear crescimento de tumor, diz estudo


Uma pesquisa realizada por estudiosos britânicos indica que a aspirina pode reduzir a formação de vasos sangüíneos que ajudam tumores cancerígenos a crescer.

De acordo com os cientistas, o efeito da aspirina restringe o tumor ao tamanho de uma ervilha, fato que pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos.

Estudos anteriores já haviam revelado que, se for utilizado por longos períodos, o analgésico poderia reduzir o risco de vários tipos de câncer, como os de ovário, cólon e pulmão.

O estudo do Instituto de Genética Humana da Universidade de Newcastle foi publicado na revista científica Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology.

Várias funções

Para investigar mecanismos por trás do efeito da aspirina na prevenção do câncer, os cientistas observaram a ação da droga no crescimento de um tumor.

Eles aplicaram diferentes concentrações de aspirina nas células que formam vasos sanguíneos, chamadas de células endoteliais.

Eles descobriram que, em doses pequenas, a droga tem um extraordinário efeito sobre a capacidade das células de formar os vasos.

“Os vasos sanguíneos alimentam o tumor com sangue e oxigênio, ajudando-os a crescer”, disse Helen Arthur, principal autora do artigo.

“O câncer usa esses vasos para se espalhar pelo corpo, levando ao desenvolvimento de tumores secundários”, afirmou.

“A aspirina age sobre o tumor de várias formas, sendo que uma delas é restringindo o fornecimento de sangue. Sem o sangue, ele não tem como crescer mais do que o tamanho de uma ervilha”, afirmou.

Mais pesquisa

“Um dos problemas mais comuns decorrentes da ingestão de aspirina por períodos maiores é o risco de sangramento no estômago. Queremos analisar as moléculas da aspirina, ver o que ocasiona a formação de vasos, o que pode nos dar uma oportunidade de criar drogas mais seguras”, disse Arthur.

Kat Arney, do Centro Britânico para a Pesquisa do Câncer, lembrou que os testes só ocorreram em laboratórios e que ainda há um longo caminho a ser trilhado.

“Certamente não recomendaríamos pacientes a tomar aspirina sem supervisão médica, já que doses altas podem ser perigosas”, disse ela.

Além de ser usada como analgésico, a aspirina já é recomendada para prevenir a ocorrência de ataques cardíacos.

Fonte: BBC Brasil

08 novembro, 2006

Legumes e verduras baixam a pressão, diz estudo


Uma dieta rica em legumes e verduras pode ajudar a reduzir a pressão sanguínea, enquanto o alto consumo de carne tem o efeito oposto, afirma um estudo publicado nesta semana por uma equipe de cientistas do Imperial College de Londres.

Os pesquisadores chegaram a essas conclusões depois de estudar os hábitos alimentares de 4.680 pessoas de idades entre 40 e 59 anos, mas não conseguiram uma explicação para o impacto benéfico das proteínas vegetais sobre hipertensos.

Os médicos suspeitam, no entanto, que aminoácidos, os blocos de construção das proteínas, ou elementos químicos na composição dos vegetais, como o magnésio, estejam por trás desses efeitos.

A pesquisa, publicada pela revista especializada Archives of Internal Medicine, afirma serem precisos mais estudos para descobrir por que exatamente legumes e verduras são benéficos para a pressão.

Arginina

Sabe-se que alguns tipos de aminoácidos têm influência sobre a pressão, como a arginina, por exemplo, que ajuda a dilatar os vasos sanguíneos.

Os tipos de aminoácido encontrados em vegetais são diferentes dos encontrados em carnes.
A hipertensão pode levar a doenças cardíacas e derrames. Para Paul Elliott, que liderou a equipe de pesquisadores, o resultado confirma recomendações conhecidas.

"Uma dieta rica em produtos de origem vegetal é parte de um estilo de vida saudável para prevenir hipertensão e as doenças crônicas relacionadas", disse Elliott.

A porta-voz da Fundação Britânica do Coração, Belinda Linden, disse que a pesquisa do Imperial College confirma estudos anteriores.

"Legumes e verduras contêm menos sal e mais vitaminas antioxidantes, tem baixas calorias, alto teor de fibras e ajudam a controlar a diabetes", disse Linden.

Ela afirma ainda que o consumo de proteínas vegetais, em vez de proteínas animais, pode trazer vários benefícios para pessoas que têm alto risco de desenvolver doenças coronárias, derrames e diabetes.

Fonte: BBC Brasil