30 agosto, 2007

O que causa a síndrome metabólica?

Chamamos síndrome metabólica aquela alteração que resulta em obesidade abdominal, triglicerídeos elevados, baixo HDL (Bom colesterol), pressão alta e, em consequência desses fatores, um alto risco para diabetes e ataque cardíaco. Tudo isso é causado por uma inabilidade das células em responder adequadamente ao estímulo da insulina.

Um estudo do "National Cholesterol Education Program" dos Estados Unidos mostra que as pessoas que estão fazendo uma alimentação com baixos teores de Magnésio, estão mais propensas a sofrer de síndrome metabólica. (Obesity, Volume 15, 2007).

Ninguém sabe ainda porque um baixo nível de Magnésio impede a célula de responder à insulina. Uma das teorias sugere que o Magnésio seja necessário para que a Insulina possa funcionar após ligar-se aos receptores de insulina nas células. A insulina só pode levar a glicose para o interior celular através dos receptores de insulina que estão na superfície das células. Esse trabalho só é possível ativando uma enzima chamada tirosina-kinase. O Magnésio é necessário para que essa reação possa ocorrer.

Outra interpretação desse estudo diz que a deficiência de magnésio é somente um indicador de um padrão alimentar inadequado que pode levar à síndrome metabólica. Uma dieta baixa em magnésio é consequência de um consumo exagerado de farinha branca (produtos de padaria), açúcar e outros alimentos altamente refinados e processados. Não por acaso são esses mesmos alimentos os que causam os maiores aumentos da glicose no sangue.

Fonte: DrMirkin

Tradução e adaptação: Jairo Bueno

09 agosto, 2007

Exercício faz células trabalharem com mais eficiência

Por que o risco de sofrer infarto do miocárdio, derrame ou diabetes aumenta com a idade? Pesquisadores da Universidade de Yale mostraram que enquanto envelhecemos, perdemos a habilidade de fabricar a enzima AMPK (AMP - activated protein kinase) (Cell Metabolism, Fevereiro 2007). Essa enzima funciona aumentando o número de mitocôndrias (pequenas fornalhas que transformam alimento em energia) nos músculos. Tudo o que reduz o número ou a eficiência das mitocôndrias interfere na habilidade de transformar gordura e açúcar em energia. O resultado disso é o aumento dos níveis de açúcar, gordura e colesterol no sangue.

Algumas células do nosso corpo contém um grande número de mitocôndrias. As calorias extras que não podem ser queimadas nas mitocôndrias se acomulam sob a forma de gordura nos músculos, fígado e células adiposas (gordurosas). Isso faz com que ganhemos peso. Gordura extra nas células bloqueia sua habilidade de retirar açúcar da corrente circulatória, fazendo com que a glicose suba, aumentando o risco de diabetes. Gordura extra no fígado impede a redução da insulina, fazendo com que seu nível suba, aumentando a constrição das artérias e, consequentemente, o risco de infarto cardíaco. Insulina em excesso faz também com que sintamos fome o tempo todo aumentando nossa chance de ganharmos peso.

AMPK aumenta com exercício e com medicamentos usados para tratar diabetes, como Metformina, Actos ou Avandia. No entanto, a melhor maneira de aumentar o número e o tamanho das mitocôndrias é através de exercício físico. Se não tivermos um programa regular de exercício certamente estaremos encurtando nossa vida.

Fonte: DrMirkin

Tradução e adaptação: Jairo Bueno

07 agosto, 2007

Refrigerante e Síndrome Metabólica

Beber mais de um refrigerante por dia, mesmo que em versão diet, aumenta o risco de desenvolver síndrome metabólica


Estudo publicado na revista Circulation revela que o hábito de beber mais de um refrigerante por dia, mesmo que em versão diet, pode estar associado a um aumento dos fatores de risco para a síndrome metabólica. O consumo de refrigerantes já foi associado ao risco de obesidade em crianças e adolescentes, mas não estava claro se este hábito aumentava o risco de desenvolver síndrome metabólica em indivíduos de meia idade.

O estudo coordenado por Ramachandran Vasan, pesquisador e professor da Escola de Medicina da Universidade de Boston, relata que, observando apenas os indivíduos livres da síndrome metabólica (6.039 dos indivíduos acompanhados no estudo), o consumo diário de um ou mais refrigerantes foi associado a um risco 44% maior de desenvolvimento da síndrome durante um período de quatro anos.

A síndrome metabólica é caracterizada por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com resistência à insulina e obesidade abdominal. A associação desta síndrome com doença cardiovascular aumenta a mortalidade geral em cerca de 2 vezes e a mortalidade cardiovascular em 3 vezes.

Os indivíduos portadores de três ou mais dos seguintes critérios devem ser considerados como portadores de síndrome metabólica:

Obesidade abdominal (visceral), medida ao nível médio do abdome: cintura maior que 102cm em homens e maior que 88cm em mulheres;

-Hipertrigliceridemia maior que 150 mg/dL;

-HDL colesterol menor que 40 mg/dL em homens e menor que 50 mg/dL em mulheres;

-Hipertensão arterial sistêmica maior que 135/85 mmHg;

-Glicemia de jejum maior que 100 mg/dL