24 agosto, 2009

Pipoca pode ajudar a evitar câncer, dizem cientistas

A pipoca e outros cereais matinais contém “quantidades surpreendentes” de substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis – que têm potencial de diminuir o risco de câncer e doenças cardíacas – normalmente encontradas em frutas e legumes.

O estudo foi apresentado por cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, durante a 238ª Reunião da American Chemical Society (ACS), em Washington.

Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes – e alimentos como chocolate, vinho, café e chá – se tornaram conhecidos por seu potencial para diminuir o risco de doenças.

Até agora, acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e ajudavam a combater o câncer e doenças cardíacas por causa de seu alto teor de fibra, mas segundo os autores do estudo, ninguém havia comprovado a alta presença de polifenóis.

“Mas recentemente, os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgadinhos feitos à base de grãos (como pipoca) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana”, disse o químico Joe Vinson, autor do estudo.

Segundo os cientistas, a quantidade de antioxidantes encontradas em cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes, por grama.

Os polifenóis são substâncias químicas encontradas em muitas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Conhecidos como antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo.

Os radicais livres são substâncias que têm potencial de danificar células e tecidos do corpo. Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz, nesta ordem, segundo Vinson.

Segundo o químico, farinhas integrais também tem alto teor de antioxidantes, salgadinhos de grãos integrais tem ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais e, dentre esses salgadinhos, a pipoca é a mais rica em antioxidantes.

Fonte: BBC Brasil

09 agosto, 2009

Vitamina D e risco de gripe

A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de contrair gripes e resfriados, segundo estudo publicado na edição de 23 de fevereiro da revista Archives of Internal Medicine.

O mais abrangente estudo sobre a associação entre vitamina D e infecções respiratórias já feito foi conduzido por pesquisadores da Universidade do Colorado e dos hospitais Geral de Massachusetts e Infantil de Boston, nos Estados Unidos.

A pesquisa examinou quase 19 mil adultos e adolescentes e verificou que aqueles que tinham menores níveis de vitamina D no sangue apresentaram casos de resfriados e gripes com mais frequência. Os riscos foram ainda maiores para quem tinha problemas respiratórios crônicos, como asma ou enfisema.

“Os resultados do estudo destacam a importância da vitamina D na prevenção de infecções respiratórias comuns, como resfriados e gripe”, disse Adit Ginde, da Universidade do Colorado, principal autor do estudo.

A vitamina C é usada na prevenção de resfriados e de outros problemas respiratórios há décadas – seu mais famoso defensor foi Linus Pauling (1901-1994), um dos mais importantes cientistas do século 20 –, mas essa eficiência é sustentada por pouca literatura científica.

Enquanto isso, evidências do papel da vitamina D – que costuma ser mais associada a saúde óssea – no sistema imunológico passaram a se acumular. Estudos anteriores apontaram a relação do aumento de resfriados e gripes no inverno com a produção mais baixa de vitamina D devido à menor exposição ao Sol (que desencadeia a produção da vitamina na pele).

Na nova pesquisa, os participantes com menores níveis de vitamina D no sangue – menos de 10 nanogramas por mililitro – apresentaram 40% mais casos recentes de infecções respiratórias do que aqueles com níveis superiores a 30 nanogramas.

Pacientes com asma e com baixos níveis de vitamina D tiveram cinco vezes mais casos de infecções respiratórias recentes.

Os autores destacam que os resultados do estudo precisam ser confirmados por outras pesquisas e por testes clínicos antes que a vitamina D possa ser recomendada na prevenção de gripes e resfriados. O mesmo grupo planeja iniciar testes clínicos em breve.

Fontes naturais de vitamina D são salmão, sardinhas, óleo de fígado de bacalhau e alimentos fortificados como leite e alguns tipos de cereais.

Fonte:Agência FAPESP - Archives of Internal Medicine: http://archinte.ama-assn.org/

03 agosto, 2009

Ter mais vitamina D no corpo pode aumentar eficácia de dietas de emagrecimento

Os níveis de vitamina D no corpo no início de uma dieta de restrição de calorias podem indicar o sucesso da perda de peso.

É esta a conclusão de um estudo apresentado no mês de junho deste ano (2009) no encontro anual da Endocrine Society, pela Universidade de Minnesota, nos EUA.

No estudo, os investigadores mediram os níveis de vitamina D no sangue de 38 pessoas com excesso de peso antes e após os participantes seguirem uma dieta de 11 semanas consistindo em 750 calorias a menos do que o total das suas necessidades diárias estimadas. E foi observada uma relação linear entre os níveis de vitamina D e o sucesso em perder peso.

As análises mostraram que, para cada aumento de 1 ng/mL nos níveis da forma precursora da vitamina D (25-hidroxicolecalciferol), havia a perda de 196g a mais com a dieta de restrição de calorias. Para cada aumento de 1 ng/mL nos níveis da forma hormonal da vitamina D (1,25-dihidroxicolecalciferol), havia perda de 107 g a mais com a dieta. E maiores níveis da vitamina antes da dieta poderia representar também maior perda de gordura abdominal.

«Os nossos resultados sugerem a possibilidade de que a adição de vitamina D a uma dieta de restrição de calorias levará a uma melhor perda de peso», destaca a investigadora Shalamar Sibley. Porém, ressalta que mais estudos são necessários para determinar se a suplementação da vitamina poderá ajudar no processo de emagrecimento. «A deficiência de vitamina D está associada à obesidade, mas não está claro se a insuficiência causa a obesidade, ou o contrário».

Fonte: Sapo.pt - Saúde