17 julho, 2013

Se quer dormir melhor, apanhe sol

Um novo estudo analisou a qualidade do sono de 49 trabalhadores de escritórios – 27 que se sentam em espaços sem janelas e 22 que têm janelas nas suas áreas de trabalho. Aqueles em sítios com janelas tiveram uma média de mais 173% exposição à luz natural durante o horário de trabalho e dormiram uma média de mais 46 minutos a cada noite do que os seus colegas. Ou seja, os que apanharam mais sol dormiram melhor.

Os trabalhadores que recebem mais luz solar tendem também a ser mais activos fisicamente, de acordo com o estudo. E uma análise adicional da qualidade de vida sugere que essas pessoas são também geralmente mais felizes, revela o Treehugger. Os trabalhadores de escritórios sem janelas revelam mais doenças físicas e menos vitalidade, tal como menor qualidade do sono.

A luz solar é essencial para obter vitamina D, importante em muitos aspectos da nossa saúde. Se trabalha num local sem acesso a luz natural, tente apanhar algum sol logo de manhã, por exemplo.

A luz do sol no início da manhã ajuda a definir correctamente o ritmo circadiano. Algo tão simples como uma caminhada pela manhã ou ir de bicicleta para o trabalho pode ajudá-lo a dormir melhor à noite. Tal como apanhar um pouco de sol à hora do almoço.

Não é preciso nenhum estudo que nos prove que é fundamental passarmos mais tempos nos nossos ambientes naturais para melhorarmos a saúde, mas se estava à espera do pretexto ideal, aqui está ele.

Fonte: GreenSavers - Angola


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15 julho, 2013

Série de exercícios intensos seduz com ideia de boa forma em sete minutos

RODOLFO LUCENA
DE SÃO PAULO

Folha de São Paulo

Conquistar o máximo de resultado com o mínimo de investimento é o sedutor apelo de uma série de exercícios que vem ganhando fama na internet recentemente.

Trata-se de um programa desenvolvido por dois especialistas em treinamento do Human Performance Institute, de Orlando (EUA), voltado para quem tem pouco tempo e não está disposto a investir em academia nem em equipamentos de exercício.

Depois de analisarem uma série de estudos sobre treinamento e boa forma, Brett Klika e Chris Jordan publicaram na edição de maio/junho da revista técnica "Health & Fitness Journal" um artigo apresentando um tipo de treinamento de "alta intensidade" com "uso do peso corporal".

Além de explicar a base científica do plano, o estudo propõe combinar exercícios aeróbicos (como corrida no lugar) com exercícios de resistência/força (como flexão de braço). Cada um é realizado por 30 segundos, em alta intensidade (tentando o máximo possível de repetições), e o intervalo de recuperação é de apenas 10 segundos.

Noves fora, o pacote todo dura apenas "aproximadamente sete minutos", conforme o texto descreve. O circuito pode ser repetido duas ou três vezes, dependendo do condicionamento do atleta e do tempo disponível.

Foi o que bastou para ser apelidado de "treino científico de 7 minutos" em texto no "New York Times" e, a partir dali, em uma fieira de lugares, do internético "Huffington Post" ao britânico "Daily Mail", e em publicações especializadas em boa forma.

Há vídeos gratuitos mostrando como executar a série e aplicativos com cronômetros digitais para monitorar a execução da tarefa.

Não se trata, porém, de uma série para prover força ou resistência específica para um esporte, destacam os autores: "Esse tipo de programa oferece uma boa opção para ajudar pessoas ocupadas a melhorar a saúde e enfrentar o estresse".

Monitorado pela treinadora Vivian Casagrande, 37, mestre em bioquímica do exercício pela Universidade de São Paulo, testei o pacote. Para garantir que eu fizesse os exercícios o mais rápido possível, Casagrande cronometrava as sequências e, nos intervalos, me avisava qual seria o exercício seguinte.

A primeira constatação: não é um circuito de apenas sete minutos. O tempo mínimo, no papel, é de sete minutos e 50 segundos, mas basta piscar ou pensar na morte da bezerra para que a transição dure mais que dez segundos.

Levei dez minutos e 20 segundos para completar a sequência, sem conseguir uma boa execução. Isso porque a série inclui alguns exercícios unilaterais; devem ser executados uma vez com cada perna, o que aumenta o tempo do circuito.

CONTRAINDICAÇÕES
Mesmo assim, entrar em forma com um programa de exercícios de menos de 15 minutos que não custa nada é altamente sedutor. Há, porém, diversas contraindicações, como assinalam os criadores do circuito: "É preciso cuidado ao propor treinamento de alta intensidade para pessoas mais velhas ou obesas, candidatos destreinados, com lesões anteriores ou problemas de saúde; os exercícios isométricos não são recomendados para quem tem hipertensão ou problemas cardíacos".

Para Casagrande, os exercícios, "são muito complexos para serem feitos sem orientação e supervisão". No teste, por exemplo, tive trabalho para fazer direito o exercício que combina flexão de braço e rotação do corpo.

O próprios autores alertam: "Ao tentar fazer tudo da forma mais rápida possível, o aluno corre o risco de fazer os exercícios de forma inadequada, aumentando a chance de lesão". De um jeito ou de outro terminei a série com os músculos pulsando, o corpo suado e a boa sensação de ter o dever cumprido.