25 março, 2007

Cochilo após o almoço diminui problemas cardíacos

As doenças cardíacas se configuram como a principal causa de morte na população, sobretudo em idosos. Dentre tais causas encontram-se os problemas coronarianos (as artérias coronárias são os vasos que levam sangue e nutrientes para o músculo cardíaco), sobretudo as isquemias (angina) e o infarto.

A prevenção de doenças coronarianas é realizada através do combate a fatores de risco para eventos cardíacos, como a pressão alta, o diabetes, o aumento do colesterol no sangue e o sedentarismo, dentre outros. Uma nova maneira, recentemente descrita, para se prevenir distúrbios cardíacos é a soneca após o almoço, conforme revelou um grupo de pesquisadores em estudo na revista Archives of Internal Medicine de Fevereiro de 2007.

Os autores afirmam que nas populações, onde o cochilo pós-prandial faz parte da cultura local, a mortalidade em decorrência de doenças coronarianas é menor. A pesquisa contou com a participação de 23.681 indivíduos sem problemas cardíacos, os quais foram acompanhados por pouco mais de seis anos.

Os resultados apresentados demonstraram que o risco de ocorrência de doença coronariana foi menor, dentre aqueles que rotineiramente cochilavam após o almoço, em comparação com os que não mantinham tal hábito. Além disso, verificou-se que quanto maior a freqüência de sonecas após a refeição, menor foi o risco de morte em decorrência de distúrbios coronarianos.

Assim, os autores concluem que o cochilo após o almoço comporta-se como um fator de prevenção da ocorrência de doenças coronarianas, em indivíduos previamente saudáveis.

Fonte: boaSaúde - Arch Intern Med. 2007; 167 (3): 296 – 301 (February 12).

11 março, 2007

Fibras 'reduzem risco de câncer de mama em 50%'


Mulheres que ainda não passaram pela menopausa e que comem grande quantidade de fibras podem ter o risco de câncer de mama reduzido pela metade, sugeriu estudo da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.

O estudo, com 35 mil mulheres, constatou que as mulheres que ingeriam 30 gramas de fibra por dia tinham a metade do risco daquelas que ingeriam menos de 20 gramas.

Os pesquisadores recomendam às mulheres que aumentem sua ingestão diária de fibras.

Especialistas disseram que o estudo divulgado no International Journal of Epidemiology traz mais evidências dos benefícios de uma dieta saudável.

Os britânicos ingerem em média 12 gramas de fibra por dia.

Para consumir, 30 gramas de fibra, uma pessoa precisa comer um cereal de alta concentração de fibras no café da manhã; trocar o pão branco ou de centeio por pão integral e certificar-se de que está ingerindo cinco porções de frutas, verduras e legumes por dia.

Dietas diversas

Uma equipe do Centro de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade de Leeds monitorou os hábitos alimentares e a saúde de mais de 35 mil mulheres por sete anos.

Elas tinham idades de 35 a 69 anos no início do estudo. Sua dieta foi avaliada através de um questionário que incluía 217 tipos de alimento.

Ao contrário de outros estudos sobre a ingestão de fibra e o risco de câncer de mama, as mulheres participantes tinham toda uma gama de dietas, inclusive grupos que eram totalmente vegetarianos ou que não comiam carne vermelha.

Pouco menos de 16 mil mulheres não haviam passado pela menopausa ao participarem do estudo.

Um total de 257 mulheres que não haviam passado pela menopausa desenvolveu câncer de mama durante o estudo, que foi financiado, inicialmente, pelo Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer.

Eram mulheres que tinham uma maior porcentagem de sua energia proveniente de proteínas e menor ingestão de fibras e vitamina C, em comparação às mulheres que não desenvolveram câncer.

Mas o impacto não foi constatado no grupo de mulheres que já haviam passado pela menopausa, em que 350 tiveram câncer.

Os pesquisadores dizem que isso pode ocorrer porque fibras afetam a forma como o organismo processa e regula o hormônio feminino estrógeno.

Os níveis deste hormônio são mais elevados em mulheres que ainda não chegaram à menopausa.
Janet Cade, líder da pesquisa, disse: "Nosso estudo não encontrou um efeito protetor no grupo mais velho, mas evidências significativas de uma ligação em mulheres antes da menopausa."

A pesquisadora acrescentou ainda que mulheres com peso acima da média e que passaram pela menopausa têm um risco maior de câncer de mama. "O seu peso pode ser preponderante em relação a outros efeitos como os benefícios das fibras."

Ed Yong, da Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha, disse: "Nós já recomendamos a adoção de uma dieta rica em fibras para reduzir o risco de câncer no intestino. "Este estudo sugere que ela pode ajudar a proteger contra câncer de mama nas mulheres mais jovens também."

"Até agora, as evidências de que fibra pode reduzir o risco de câncer de mama eram inconsistentes", acrescentou.

Fonte: BBC Brasil

03 março, 2007

Cascas de frutas cítricas combatem colesterol


Pesquisas indicam que a casca de frutas cítricas pode fazer bem à saúde.


Cientistas dos Estados Unidos alimentaram ratos de laboratório com uma dieta rica em colesterol e depois acrescentaram na alimentação dos animais substâncias retiradas da casca de tangerinas e laranjas.

Eles descobriram que as substâncias, conhecidas como flavonas, diminuíram significativamente o nível do colesterol LDL (Lipoproteína de Baixa Intensidade), o chamado “colesterol ruim”, no sangue dos animais.

O estudo foi publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

Suplemento

As flavonas são anti-oxidantes que pertencem a um grupo de substâncias químicas conhecidas como flavonóides.

Elas estão presentes em vários frutos e legumes, assim como no chá e no vinho tinto.

Um estudo piloto indicou que os humanos também se beneficiam das cascas de frutas cítricas, e os pesquisadores estão investigando se um suplemento que combina as flavonas com um tipo de vitamina E pode reduzir os índices de colesterol.

A pesquisadora Elzbieta Kurowska, da companhia canadense KGK Synergize, disse que o suco de frutas cítricas contém quantidades muito pequenas das flavonas relevantes.

A casca, ao contrário, contém uma concentração 20 vezes maior da substância.

No estudo, uma parte dos ratos foi alimentada com as flavonas mais comumente encontradas em frutas cítricas, a tangeretina e a nobiletina.

Uma dieta contendo apenas 1% dessas substâncias conseguiu reduzir em 40% o colesterol dos animais.

Um outro grupo de hamsters teve sua dieta enriquecida com dois outros tipos de flavonóides, a hesperetina e a naringenina.

Essa dieta também reduziu o nível de colesterol dos animais, mas só surtiu efeito quando a dosagem foi aumentada para 3%.

Kurowska disse que, aparentemente, as substâncias têm a capacidade de diminuir a secreção de colesterol pelo fígado.

“Nós acreditamos que os super-flavonóides têm o potencial de rivalizar e até bater o efeito redutor do colesterol de alguns remédios, sem o risco de efeitos colaterais”, disse a pesquisadora.
A nutricionista Sarah Schenker, da Fundação Britânica de Nutrição, disse que para saber se as flavonas serão úteis em tratamentos com seres humanos será preciso estabelecer quão potente é o seu efeito.

Segundo ela, as substâncias em uso atualmente, as estatinas, são muito potentes.

Estudos anteriores também indicam que sucos cítricos podem reduzir os riscos de câncer.

Fonte: BBC Brasil