17 junho, 2007

A depressão nos homens de meia-idade



Queda de testosterona causa estados depressivos

A depressão dos homens de meia-idade está sendo melhor entendida. Segundo um estudo recente, os estados depressivos nos homens mais velhos está associado a um declínio acentuado nos níveis do hormônio testosterona.

A maioria dos homens sofre perdas graduais de testosterona após os 40 anos de idade, mas uma redução drástica, chamada hipogonadismo, atinge cerca de 30 por cento dos homens com mais de 55 anos.

Isso pode provocar perda de massa muscular e de força física, menor densidade óssea, redução do apetite e da libido, fadiga e irritação. «Os homens hipogonadais mostraram uma incidência elevada de doenças depressivas», assegurou o autor do estudo, Molly Shores, que atua em Seattle (Costa Oeste dos EUA). O estudo feito com 278 homens com mais de 44 anos foi publicado na revista Archives of General Psychiatry.

Shores disse que 22 por cento dos homens com hipogonadismo foram diagnosticados com depressão ao longo de dois anos. Entre os demais, só sete por cento enfrentaram transtornos depressivos. Os níveis de testosterona normalmente atingem o máximo no começo da idade adulta, e diminuem em aproximadamente um por cento ao ano após os 40.


Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista

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13 junho, 2007

Descobertos genes para sete doenças

Quinze novos genes foram associados a sete doenças hereditárias – distúrbio bipolar, doença de Crohn, doença coronária, hipertensão, artrite reumatóide e diabetes do tipo I e II –, podendo ser considerados factores de risco. A descoberta científica abre caminho a novos tratamentos, mais eficazes e personalizados.

Catorze mil pessoas, duas mil para cada tipo de doença, participaram no estudo, publicado na revista ‘Nature’, no âmbito do qual foi analisado o DNA retirado de amostras sanguíneas dessas 14 mil pessoas, que foram comparadas com amostras de três mil pessoas saudáveis.

As descobertas, que os cientistas consideram revolucionárias, devem-se ao facto de os investigadores terem utilizado um método muito mais rápido e preciso na investigação genética.

O cientista Peter Donnellu, que liderou o estudo, disse que ele e os seus 200 colegas aprenderam mais nos últimos 12 meses do que em 15 anos: “Ao identificar os genes associados a essas condições, o nosso estudo deve permitir que cientistas entendam melhor como a doença funciona, quais as pessoas que correm maior risco e como produzir tratamentos mais personalizados e mais eficazes. ”

Os cientistas acreditam que no futuro será possível submeter as pessoas a testes em busca de combinações específicas de genes que revelem o risco que elas correm, orientando-as de modo a alterar o estilo de vida ou realizar exames de rotina.

A investigação durou dois anos e reuniu um total de 50 equipes de cientistas no consórcio Wellcome Trust Case Control Consortium, na Inglaterra. Os custos chegaram a cerca de 13,5 milhões de euros.

Fonte: Correio da manhã